quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O sarrabisco

Ontem à noite cansei-me de estar em casa, peguei nas chaves e fui até à praia. Quando lá cheguei sentei-me de pernas cruzadas perto do mar e fiquei a contempla-lo, a forma como as ondas passeavam sobre o mar e rebentavam perto de mim, tocando nos meus pés apenas aquela espuma branca, não conseguia tirar os olhos daquela paisagem, onde no horizonte o céu se confundia com o mar de tão escuro que estava. Elevei o meu olhar e deparei-me com uma estrela que cintilava especialmente, como se cintilasse só para mim. Fez-me sorrir. Baixei o olhar, peguei num pauzinho que estava ao meu alcance e escrevi um sarrabisco na areia com o intuito de lá deixar a minha marca, não durou muito tempo, em poucos segundos o mar já tinha apagado o meu sarrabisco. Fiquei desiludida. Entretanto alguém se movia no escuro, mesmo atrás de mim e caminhava na minha direcção, sentou-se ao meu lado tirou-me delicadamente o pau da mão e voltou a fazer um sarrabisco na areia exactamente onde estava o meu. "Vi o que fizeste e como ficaste por o mar o ter apagado, mas a vida é assim, cheia de imprevistos e por vezes é preciso fazer as coisas mais do que uma vez, ou tentar com mais convicção" disse-me ele. Fiquei boquiaberta e ao mesmo tempo estática a contemplar o seu rosto moreno de olhos castanhos com um cabelo sedoso que apetece tocar, e o sorriso, aquele sorriso que me fazia sentir tão calma. Sem conhecer aquele rosto encosto-me ao seu ombro e sinto o seu braço envolver o meu tronco. Não me lembro de mais nada devo ter adormecido, mas na manhã seguinte... O sorriso, os olhos castanhos, o rosto moreno, tudo tinha desaparecido. Tudo, menos o sarrabisco.
:)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

It's rare when there is nothing wrong


Love ain't love untill you fell it 
Up riding high amongst the waves

sábado, 7 de novembro de 2009

Vai um Waffle ;D ?

Das raras vezes que eu saio à noite esta foi uma das que adorei mesmo (:
Quero ir mais vezes ao Panami comer Waffles de chocolate com uma bola de gelado! (por mais enjoativo que aquilo seja --' )
Como me fazes falta Best : /

E é por amigos assim que a vida vale a pena +.+

Adoro-vos Adoro-vos Adoro-vos !

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quando chega o fim do dia

A maior parte das vezes, quando caí a noite e eu já estou deitada na cama bem embrulhadinha nos cobertores, dou por mim a pensar como a minha vida podia ser melhor se estivesse noutro lugar, se trabalhasse, se andasse na faculdade, se fosse mais velha, se fosse mais nova, se fosse mais bonita, se conhecesse outras pessoas, se qualquer coisa! Hoje não. Hoje apercebi-me que devo estar grata pela vida que tenho agora. Estou rodeada de boas pessoas que sempre me proporcionam momentos divertidos. Agora estou feliz, e melhores tempos ainda virão. What about you ? What do you think when you're in bed ?

sábado, 31 de outubro de 2009

abraçar o abraço,


Aula de filosofia- corpo presente e mente ausente. Fico a contemplar a paisagem lá fora e a deixar a minha mente divagar, enquanto ouço as palavras da professora que, na minha cabeça, o seu tom e o seu significado vão diminuindo gradualmente. Entrego-me aos pensamentos. Na minha mente vou recordando o passado revivendo cada pedaço dele como se do agora se tratasse. Sem dar por mim estou a sorrir. Estou a pensar no abraço. Naquele abraço apertado onde eu pousava a cabeça no teu ombro e ficávamos assim até os braços nos doerem e não nos restar outra opção senão a de nos rendermos e nos largarmos. Abraço, preciso de um abraço. De quem ? Only god knows.
 

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pearl Jam - Got some



I got some if you need it

domingo, 25 de outubro de 2009

Felicidade.


"A melhor maneira de se ser infeliz é recusar a felicidade pelo medo do pouco tempo que ela dure"

Volta, meu amor .

Sento-me numa cadeira junto à janela e fico a observar o mundo lá fora. Está a chover, aquela chuva miudinha, chuva molha-tolos como lhe chamava a minha mãe. Vejo um homem alto e robusto com um guarda-chuva preto na mão, caminha depressa com um sorriso nos lábios, ansioso digo eu, presumo que alguém esteja à espera dele, seguindo-se do senhor robusto vem duas senhoras, carregadas com os seus sacos das compras, trocam sorrisos e conversas animadas entre si, do outro lado da rua está um casal de adolescentes, eu diria 15/16 anos no máximo, estão de mãos dadas com os dedos entrelaçados e trocam olhares calorosos entre sorrisos envergonhados, mais lá ao longe, o meu olhar ainda consegue alcançar dois gatinhos, mãe e filho, encontrando-se este último a dormir e a mãe deitada de forma a envolve-lo nas suas patas demonstrando-lhe que ele está seguro. Todos eles parecem estar felizes, completos, parece que tem alguém que os abrace e lhes perguntem como correu o dia quando chegam a casa. Enquanto eu, eu fico aqui sentada à janela a ver o tempo a correr e a pensar no que poderia ter acontecido se a vida tivesse tomado outros rumos, mas não podemos voltar atrás, nem era bom, se há algo com o qual aprendemos é sem dúvida, com os erros do passado. Apenas gostava de te ter aqui ao pé de mim,oh se gostava! Gostava de poder sentir a tua mão a acarinhar a minha face, de poder sentir os teus braços a envolverem o meu corpo, de poder sentir a tua respiração quando está coordenada com a minha, de poder sentir o doce toque dos teus lábios, por dez minutos, por cinco até, era só disso que eu precisava para ir lá para fora e passear exibindo o meu sorriso nos lábios. Um sorriso que só tu trazes.

A new begining

Numa tentativa (que sei que será em vão) de esquecer o referido nos dois capítulos da história iniciada em baixo escreverei sobre outras coisas, textos soltos talvez. Prometo retomar a história, mais tarde. No entanto, continuarei a escrever, mesmo que não seja numa história continua. Em breve, talvez agora.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Just breath - Pearl Jam

Um à parte, a música é linda.
Just Breath - Pearl jam ; Album: Backspacer 2009



Yes I understand that every life must end, aw huh,..
As we sit alone, I know someday we must go, aw huh,..
I’m a lucky man to count on both hands
The ones I love,..

Some folks just have one,
Others they got none, aw huh,..

Stay with me,..
Let’s just breathe.

Practiced on my sins,
Never gonna let me win, aw huh,..
Under everything, just another human being, aw huh,..
Yeh, I don’t wanna hurt, there’s so much in this world
To make me bleed.

Stay with me,..
You’re all I see.

Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see,..
No one knows this more than me.
As I come clean.

I wonder everyday
as I look upon your face, aw huh,..
Everything you gave
And nothing you would take, aw huh,..
Nothing you would take,..
Everything you gave.

Did I say that I need you?
Oh, Did I say that I want you?
Oh, if I didn’t now I’m a fool you see,..
No one knows this more than me.
As I come clean.

Nothing you would take,..
everything you gave.
Hold me till I die,..
Meet you on the other side.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Possibilidades, Hipóteses (Cap.2)

Mais calma a minha mãe explica-me que nos podia oferecer uma vida melhor se estivéssemos num outro país e faz-me acreditar que a mudança nem sempre é algo mau. Diz-me também que se realmente se der a mudança, não é algo que irá acontecer nos próximos tempos, é apenas uma possibilidade, uma hipótese. Engulo em seco e concordo com ela, afirmando que ela tem todo o meu apoio para fazer o que for preciso, não levantarei qualquer problema, nem serei para ela um entrave ou um obstáculo. Ela levanta-se, sai do meu quarto, e involuntariamente os meus olhos enchem-se de lágrimas, deito a cabeça na almofada agarrando-me aos cobertores, choro em silêncio, um berro por ajuda que nunca será ouvido. Não aguentava mais fazer-me de forte..Não quero que a minha mãe não escolha o melhor rumo para todos nós por minha causa mas saber que vou deixar todos os que me são queridos para trás, deixar a cidade onde cresci, todos os locais a que costumava ir... Repito para mim: é apenas uma possibilidade, uma hipótese, meras possibilidades, meras hipóteses. Não posso baixar os braços, agora que sei que a partida está próxima vou ter que me esforçar para viver o máximo de cada dia que tenho.
Sem qualquer hesitação pego no telemóvel e ligo à Daniela, pergunto-lhe se ela não quer vir até minha casa durante a tarde, alegando que lhe dava umas explicações de inglês para a convencer a vir, ela pondera a ideia durante uns segundos e acaba por me dizer que sim que durante a tarde aparecia cá. Fiquei radiante, com um sorriso de orelha a orelha.
Vou tomar um banho para afastar todas as más energias enquanto aguardo ansiosamente pelo desenrolar da tarde que se segue...

domingo, 20 de setembro de 2009

Nem tudo são flores coloridas num campo verdejante e num dia caloroso. (Cap.1)

Chamo-me Jorge, vivo integrado numa família humilde, constituída pelos meus pais a minha avó e o meu irmão mais velho. Estas são as pessoas com os quais partilho da mesma casa. Bem, a casa e não só, nutro um carinho por todos e cada um deles que sei que é recíproco, no final de contas somos uma família. No entanto, nem sempre tudo são flores coloridas num campo verdejante e num dia caloroso (quero com isto dizer que nem tudo é agradável)... Numa fria manhã de sábado sou acordado com a minha querida mãe a entrar no quarto com uma caneca de leite e umas torradas, ela bem sabe o quanto eu adoro aquilo, então servido à cama, é simplesmente uma óptima maneira de começar o dia. Senta-se no fundo da minha cama a observar-me comer a fazer-me as perguntas mais banais: "Dormiste bem?", "Gostaste do pequeno almoço?, "E a escola vai bem?" às quais eu vou respondendo calmamente enquanto desfruto do bom pequeno-almoço. No meio das triviais perguntas, ela inicia uma frase por "estive a falar com o pai sobre...", eu fico pacificamente à espera da continuação daquela frase contemplando o rosto da minha mãe. Ela baixa a cabeça, não conseguindo olhar directamente nos meus olhos. Algo se passa, levanto-me e sento-me ao seu lado pousando o meu braço sobre o seu ombro: "Mãe, está tudo bem?" ela encosta a cabeça ao meu ombro e derrama uma lágrima. Uma lágrima silenciosa de quem precisa de desabafar mas simplesmente não consegue... Limpo a lágrima da sua face, não consigo ver a minha mãe chorar, é uma pessoa tão dócil e tem um sorriso tão lindo e tão verdadeiro que deveria estar a sorrir constantemente para que todas as pessoas o possam apreciar. Abraço-a, sempre em silêncio esperando o que ela tem para me dizer. A pressão não levava a lado nenhum, além do mais, depois de ela chorar já nem tinha a certeza se queria ou não saber o que ela tinha para me dizer. Depois de uns breves instantes ela levanta a cabeça e começa a falar, as palavras saíam da sua boca tão depressa, entre soluços, e por vezes sem sentido nenhum, que eu tinha de me esforçar para tentar juntar as coisas de uma forma coesa. Parou de falar, poucas coisas entraram no meu pensamento. Palavras como 'mudarmos' e 'país' corriam a minha cabeça mas não se queriam encaixar, boquiaberta pergunto: "Querem sair de Portugal? Mas...porquê?" ...
(to be continued)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Nevoeiro...


Sinto a madrugada a chegar e acordo. Bocejo e levanto-me em direcção à janela, abro-a e desfruto da forma como o ar frio do inverno me acaricia a face. Olho com atenção, consigo ver o nevoeiro lá ao fundo. Aquela camada de nuvens que parece tão perto de nós fascina-me. Volto a deitar-me na cama e deixo-me perder em pensamentos onde me encontro a caminhar em frente, em direcção à densa névoa que se aproxima de mim. Entrei no nevoeiro. Caminho atenta a todos os pormenores, olho para a esquerda e vejo um casal idoso, onde ambos sorriem e a esposa põe cuidadosamente o seu braço entre o braço do marido. "Como o amor perdura!" pensei eu. À minha direita vejo uma criança a correr em direcção a outra que tinha acabado de escorregar, sorrio e penso "que solidária!" vejo ainda pessoas a falarem calmamente entre si, demonstrando-se serenas e pacatas. Leio as entre linhas e pergunto-me se não haverá qualquer mal neste novo mundo, o mundo do Nevoeiro. Continuo a andar em busca de respostas à minha pergunta, e na verdade, tudo o que encontro faz-me acreditar que neste novo mundo todo mal é renunciado. A mentira, falsidade, traição, violência são todos valores aos quais é negada a entrada no mundo do Nevoeiro. Sem parar de andar penso que se a perfeição é inatingível, não sei como descrever este mundo no qual me encontro agora. Imagino a sociedade em que vivo agora a mudar-se para um mundo como aquele. Como eu gostava que este fosse o mundo onde eu vivo...
É assim que o nevoeiro me faz sentir, como se eu estivesse num outro local. Sem dúvida que me fascina.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Será que algum dia...

Pego numa caneta e num papel (estes que por vezes são os nossos melhores amigos) e escrevo, quero escrever o que me vai na alma, desenha-lo exactamente como o sinto, como se fosse uma fotografia tirada no momento. Mas não consigo, algo me impede, a minha alma não é tão transparente como eu gostava que fosse, nem eu própria consigo ler o que se passa dentro de mim. Quero conhecer-me, quero ir além, quero chegar mais longe na conexão com o meu interior, mas não sei como o fazer. Sinto-me como se não soubesse quem sou. Conheço-me fisicamente e sei algumas características do meu interior mas não me conheço completamente. E penso, será que algum dia alguém chega a conhecer-se a si próprio inteiramente ?

Deixo-vos com esta pergunta..

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Descobri como era ficar sem ti...


Abstraio-me de todo e qualquer som, reduzo-o ao mínimo e imagino. Imagino-me numa ilha perdida no meio do oceano. Sinto-me assustado, tenho medo, o meu corpo move-se explorando a ilha sem a minha permissão, só me apetecia deitar-me quieto e esperar que tudo isto acabe. Não, isto não pode ser verdade. No entanto o meu corpo continua a contorcer-se para andar, rendo-me, e ando com ele. Ao explorar a ilha deparo-me com uma enormidade de palmeiras e mais uma variedade de outras árvores que nem o nome eu sei. Não gosto disto, é tudo novo e diferente para mim, diferente no mau sentido. Estou sozinho. Pensamentos de lado e continuo a andar, mas nada mais do que árvores e grãos de areia vejo, sento-me no chão a encarar o oceano e o vasto areal que tenho pela frente, do nada a escuridão aparece, apodera-se de mim, fico preso neste mar negro, quero sair mas ele não me deixa, sinto que o negrume me quer obrigar a ficar aqui, sozinho. Não me controlo e choro, choro sem cessar, o meu corpo fica irrequieto ainda tentando lutar contra o que está acontecer. Isto não pode ser. O meu mundo não pode acabar assim. Sinto uma gota de chuva a pousar suavemente no meu braço, vai chover pensei eu. Enganei-me, nem mais uma gota caiu sobre aquela ilha naquele instante. Apenas uma gota de chuva caiu e foi no meu corpo, aquilo tinha de ser um sinal. Como a gota tinha vindo até mim, eu tinha de sair dali e ir até ti. Ganhei forças vindas do nada e levantei-me num só salto, meu corpo acompanha toda esta emoção e movimenta-se caminhando em frente em busca de algo melhor. E de repente… abro os olhos, vejo-te a ti minha querida Leonor deitada ao meu lado, com um lençol branco suavemente enrolado na tua pele morena suave como cetim, e sem pensar em mais nada lanço-me para os teus braços, abraço-te mais fortemente do que alguma vez o fiz, e sussurro-te ao ouvido: “descobri o que era estar sem ti, por favor meu amor, não me deixes sozinho. Amo-te!” .

Iniciante


Bem, é a minha estreia num blog.
Posso dizer que nunca fui muito ligada à escrita mas agora penso que nunca é tarde para começar.
Eu até gosto de escrever, não dou muitos erros, pode ser que até corra bem.
Mas a principal razão pela qual estou a iniciar este blog é porque numa conversa com uma grande amiga minha surgiu a ideia de começar a escrever uma história.
E porque não, penso eu?
Vou começar a postar a história porque preciso de opiniões, mesmo que sejam más, ao menos digam-me, não estou à espera que a história seja óptima à primeira, até acho que já tem conteúdo de mais. Ainda estou a pensar se faço outro mais curta para a minha "estreia".
Que a experiência corra bem!
Um beijo para todos os bloguistas.
:)

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