domingo, 20 de setembro de 2009

Nem tudo são flores coloridas num campo verdejante e num dia caloroso. (Cap.1)

Chamo-me Jorge, vivo integrado numa família humilde, constituída pelos meus pais a minha avó e o meu irmão mais velho. Estas são as pessoas com os quais partilho da mesma casa. Bem, a casa e não só, nutro um carinho por todos e cada um deles que sei que é recíproco, no final de contas somos uma família. No entanto, nem sempre tudo são flores coloridas num campo verdejante e num dia caloroso (quero com isto dizer que nem tudo é agradável)... Numa fria manhã de sábado sou acordado com a minha querida mãe a entrar no quarto com uma caneca de leite e umas torradas, ela bem sabe o quanto eu adoro aquilo, então servido à cama, é simplesmente uma óptima maneira de começar o dia. Senta-se no fundo da minha cama a observar-me comer a fazer-me as perguntas mais banais: "Dormiste bem?", "Gostaste do pequeno almoço?, "E a escola vai bem?" às quais eu vou respondendo calmamente enquanto desfruto do bom pequeno-almoço. No meio das triviais perguntas, ela inicia uma frase por "estive a falar com o pai sobre...", eu fico pacificamente à espera da continuação daquela frase contemplando o rosto da minha mãe. Ela baixa a cabeça, não conseguindo olhar directamente nos meus olhos. Algo se passa, levanto-me e sento-me ao seu lado pousando o meu braço sobre o seu ombro: "Mãe, está tudo bem?" ela encosta a cabeça ao meu ombro e derrama uma lágrima. Uma lágrima silenciosa de quem precisa de desabafar mas simplesmente não consegue... Limpo a lágrima da sua face, não consigo ver a minha mãe chorar, é uma pessoa tão dócil e tem um sorriso tão lindo e tão verdadeiro que deveria estar a sorrir constantemente para que todas as pessoas o possam apreciar. Abraço-a, sempre em silêncio esperando o que ela tem para me dizer. A pressão não levava a lado nenhum, além do mais, depois de ela chorar já nem tinha a certeza se queria ou não saber o que ela tinha para me dizer. Depois de uns breves instantes ela levanta a cabeça e começa a falar, as palavras saíam da sua boca tão depressa, entre soluços, e por vezes sem sentido nenhum, que eu tinha de me esforçar para tentar juntar as coisas de uma forma coesa. Parou de falar, poucas coisas entraram no meu pensamento. Palavras como 'mudarmos' e 'país' corriam a minha cabeça mas não se queriam encaixar, boquiaberta pergunto: "Querem sair de Portugal? Mas...porquê?" ...
(to be continued)

4 comentários:

  1. Parexe que volto a ser o primeiro =)

    A muito tempo que ansiava o regrexo dos teus postes.

    Fugindo um pouco ao tema que me traz aqui hoje eu tembem gosto de papar o meu pequeno almoço na cama ^^

    A verdade e que, talvez para mim a coisas piores do que deixar o pais, muitas coisas piores.

    Fugir do país seria a oportunidade de começar de novo e talvez aprender algo diferente tudo se baseia na viagem que fazemos pela vida... pois nao e serto xegarmos ao final.
    Apenas saberemos quando xegamos ao fim da ponte quando ja la estamos.
    E se estivermos demasiados focados nesse objectivo perdemos a vista agradavel do oceano por baixo da ponte.

    Partir para longe pode ser doluroso. Alias um simples adeus a pessoa de quem gostamos pela manha pode ser bastante agonizante.
    Pois todos temos medo de deixar algo por fazer...
    A bençao de partir seria mesmo essa poder ser livre, totalmente livre e dizer exactamente o que queremos dizer como essa pessoa e importante para nos como tudo foi um erro....

    A vida nao nasce num local e nao termina no mesmo... A vida apenas nasce com o verdadeiro amor e a jornada do heroi termina nos braxos da sua musa... mesmo que isso o leve a sua morte.

    Ao partir o Jorge teria a oportunidade de realizar os "se" da sua vida....

    Pois no final todos somos como vagabundos no meio da chuva a procura de um tesouro, e encontramos um saco de moedas douradas... e aos poucos descubrimos que elas sao apenas de choculate e apesar de ficarmos tristes e de coraçao partido nao nos queixamos pois estavamos com fome em primeiro lugar.

    O que quero dizer é que tudo que parexe ser otimo... Tem os seus lados negros e devmos aprexiar as coisas assim...

    Partir seria a queda do heroi onde ele aprende o que errou na vida e o que faria diferente durante este tempo o heroi remenda todos os erros do passado.. quando se levanta o heroi acolhe apartida sem medo e sera difernete dai para a frente.


    Bem tenho que confesar que historinhas as vezes aburrexem me xD... Pois a vida real nao e uma historia de fadas da disney e uma tragedia grega... Onde nada pode ser feliz sem lidar com o destino da sua propria misera existenxia.

    Mas a escrita ta otima e estou a gostar e espero que continues estou anxiozo para ler mais =)

    Ja agora sitando o Fmely dad mais espexificamente o petter grifin "adoro quando dizem o nome do filme(neste caso historia) no filme(neste caso hitoria)" No entanto, nem sempre tudo são flores coloridas num campo verdejante e num dia caloroso hihihihi =D

    Continua a escrever tens muito taleno e um coraçao de oiro. Sei que posso sempre contar contigo es a unica que nao me trairia =D

    A A A

    Fg para Lg

    =D

    You are especial =D

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  2. Não esperava que a história desenrolasse desse modo, mas nem na vida estamos à espera de certas notícias. Gostei muito da forma como estruturaste o texto. Está excelente minha amiga. Agora vou ler a outra parte :)
    Beijinhos

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  3. Gostei da maneira como escreves. Acho que a personagem ser um rapaz é giro ! x'D Acho sempre querido saber o que um rapaz está a pensar. E para isso, só lendo :p

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  4. Estás a desenvolver bem, eu acho :D
    Minha Escritora :b

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